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O Brasil tem paixão pelo Evanescence. Em quase nenhum país do mundo, a banda mexe tanto com os fãs como por aqui. Talvez por ter embalado a adolescência sombria e gótica de muita gente nos anos 2000, o sucesso ainda seja tanto. A recíproca, garante a vocalista Amy Lee, é verdadeira. “Eu acho que grande parte dos nossos fãs são brasileiros, e sinto que o Brasil é o número 1”, disse a cantora em entrevista ao Correio.

Depois de ter um filho e gravar até um álbum infantil (Dream to much), Amy Lee e a banda voltam agora aos palcos com uma nova turnê (que chega a Brasília no dia 20).  “Eu estou muito empolgada, especialmente porque eu não estava muito na estrada, eu estava em casa e muito do meu processo criativo é estar em turnê e em performance”, explica Amy.

Ao contrário do que a roupa preta e o visual gótico do início da carreira poderiam sugerir, a cantora exalou simpatia ao falar ao Correio sobre as mudanças, a banda e a nova rotina.

Evanescence
NET Live. 20 de abril (quinta-feira), às 22h. Ingressos a R$ 280 reais (camarote); R$ 190 (pista premium); R$ 90 (pista). Valores referentes a meia-entrada. Classificação indicativa: não recomendado para menores de 16 anos.

» Entrevista // Amy Lee

O Brasil tem uma paixão por você e pelo Evanescence. Vocês continuam com muitos fãs por aqui. A sua relação com o país e com os brasileiros é mesmo próxima?
Eu não sei nem por onde começar... Eu acho que grande parte dos nossos fãs são brasileiros e sinto que o Brasil é o número 1. Quando eu entro na internet, no Twitter, Facebook, Instagram, pelo menos metade das coisas que eu leio está em português. Nós amamos os nossos fãs brasileiros. É sempre empolgante ter uma turnê na América do Sul, porque nossos fãs são apaixonados, e é sempre uma ocasião especial, porque nós não vamos sempre. Então, quando vamos, é uma grande festa.

Você mudou muito. Gravou um disco infantil, se dedicou a outros projetos. Essas mudanças foram positivas para você?
É muito inspirador para mim ser capaz de fazer muitas coisas diferentes, nos dois últimos anos, especialmente. Eu tive meu filho em 2014 e, na verdade, eu fiz muitas músicas enquanto estava grávida. Lancei um álbum de trilha sonora que não decolou totalmente, mas é muito bom ser capaz de mostrar diferentes lados do que eu posso fazer. Eu acabei de gravar uma música para a trilha sonora de um filme que será lançado logo.  Se chama Voices from the stone, é um filme lindo, amo a música e eu mal posso esperar para sair, porque foi muito divertido.

E o Evanescence? Você tem feito coisas novas para a banda?
Eu gravei o álbum infantil no ano passado, como você disse, e foi muito legal trabalhar em família e agora vou lançar músicas solo e também fazer mais shows com o Evanescence. Na verdade, estou começando a ficar criativa com o Evanescence também, eu não sei o que está acontecendo ainda, mas acho que lançarei mais trabalhos. Eu estou me sentindo muito inspirada. Agora, estou trabalhando em diferentes projetos ao mesmo tempo, e é ótimo poder fazer isso.

Quando você escuta os trabalhos antigos, como o Origin, percebe que as mudanças foram uma evolução?
Bom, eu tive que voltar e ouvir tudo começando pelo Origin, recentemente. Na verdade, é muito legal ser capaz de voltar no tempo e ver tudo que eu já fiz naquele período e me sinto muito orgulhosa. Eu, definitivamente, consigo ver minha evolução, como você disse, do começo até o fim e fico muito orgulhosa de estar onde eu estou agora. Quando escuto o Origin, eu penso: “Cara, isso era muito bom”. Mas, na verdade, é mais como: “Uau, eu só estava começando a aprender a fazer música, mas tem alguma coisa bonita nisso também”. Então, sim, eu consigo ver essa evolução e estou orgulhosa dela e ansiosa para o que vem depois.

Você passou um tempo sem fazer shows, longe do palco e da estrada. Como é essa volta? 
Na verdade, é bom, muito bom. Eu estou muito empolgada, especialmente porque eu não estava muito na estrada, eu ficava em casa, e muito do meu processo criativo é estar em turnê e em performance. Então, quando nós planejamos uma turnê, não planejamos uma turnê muito longa, porque, como você sabe, preciso ser uma mãe agora e eu realmente gosto de compor nesse intervalo. Quando nós começamos, nós vivíamos na estrada por mais de um ano. Isso é divertido, mas eventualmente fica difícil, fica tedioso e frustrante porque você faz a mesma coisa de novo e de novo. É ótimo que agora nós somos capazes de não ficar em turnê por tanto tempo, mas eu amo estar em turnê.

Fonte:correiobraziliense.com.br

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