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TODOS VOCÊS sabem a história do álbum de estreia do Evanescence, Fallen, lançado em 2003. Como uma banda de lugar algum – também conhecido como Little Rock, Arkansas – conquistou o mundo com grandes sucessos como Bring Me to Life e Going Under, todos guiados pela vocalista prodigiosamente dotada Amy Lee. De um dia para o outro, o Evanescence se tornou um grande negócio, vendendo 17 milhões de álbuns. O que aconteceu depois foi, para dizer o mínimo, interessante. Nos bastidores, uma luta por controle criativo resultou na saída do guitarrista Ben Moody e baixista Will Boyd e, além disso, Amy também enfrentou uma separação pública com seu namorado, Shaun Morgan do Seether. O resultado de tudo isso? The Open Door, um álbum que viu Amy Lee assumir o controle da banda. Não nos deixemos enganar, Fallen fez Evanescence um nome conhecido, mas o fato de a banda ainda estar ativa tem a ver com seu segundo álbum. E como é seu aniversário de 10 anos, e com a banda de novo em turnê prestes a lançar um vinil de seis discos Evanescence The Ultimate Collection, sentamo-nos com Amy Lee para falar como esse álbum foi importante…


DADO O FATO DE TODO O DRAMA DOS BASTIDORES, “THE OPEN DOOR” DEVE TER SIDO UM ÁLBUM DIFÍCIL DE FAZER?
Vou ser honesta, foi o momento mais libertador que já tive. Foi minha verdadeira independência. Quando trabalhávamos no Fallen, havia muita agitação na banda que tornou tudo muito difícil – mais difícil que pensei que seria. Havia muita luta no interior que não estava sendo mostrado no exterior. Quando era hora de fazer o segundo álbum, foi minha chance de realmente assumir o controle da minha banda e dizer, ‘Eu sou assim – assim é como vou fazer isso’. Não que não tenha tido lutas – teve – mas desta vez eu tive a habilidade de guiar as coisas.

O GRANDE SUCESSO DE “FALLEN” TE ABATEU?
Não, eu vi aquilo como um grande presente. Eu amei criar o The Open Door e não inclinar para o pressão de malhar o ferro enquanto está quente ou apressar e lançar algo enquanto tínhamos um single de sucesso na rádio. Eu comprei uma casa em uma colina, meio que longe de tudo. Nos fechamos lá, nos desligamos do mundo e fizemos algo de que temos muito orgulho. Eu sempre vou fazer dessa maneira, sempre vou levar o tempo que levar para encontrar verdadeira inspiração para criar algo.

CONSIDERANDO QUE O PRIMEIRO SINGLE, “CALL ME WHEN YOU’RE SOBER”, ABORDOU SEU TÉRMINO COM SHAUN, O MUNDO ACHOU QUE ERA UM ÁLBUM SOBRE TÉRMINO DE RELACIONAMENTO. O QUE ELE ERA PARA VOCÊ?
O que mais me lembro do The Open Door – o que realmente vive no meu coração – foi um álbum de término de relacionamento que era mais do que um cara num relacionamento. Era uma separação com um monte de coisas e de pessoas. Além de ser sobre isso para mim – sobre um relacionamento – eu me ouço cantando pela liberdade e me impondo em vez de ser um garotinha triste sentada na esquina, chorando sobre como a vida é difícil, pois é isso que você pode ouvir um pouco no Fallen. Sou eu me impondo e assumindo o controle.

“THE OPEN DOOR” IMPULSIONOU O EVANESCENCE MUSICALMENTE. O QUE VOCÊ ACHA QUE TERIA ACONTECIDO SE VOCÊS TIVESSEM FEITO UM FALLEN 2 NO LUGAR?
Eu teria sido uma pessoa triste. Eu precisava de algo diferente, precisava sair e experimentar coisas novas. A coisa que fez o Fallen especial foi o fato de que era tudo novo para nós e veio de um lugar verdadeiramente inspirador. Fallen não aconteceu porque tentávamos imitar algo que já aconteceu. Então por que tentar imitar isso da próxima vez? Você tem de continuar reinventando.

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