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A lógica poderia ter sugerido que, quando a líder do Evanescence, Amy Lee, tivesse seu primeiro filho, um filho chamado Jack, há três anos, que a maternidade significaria que ela voltaria para a música até certo ponto.
Afinal de contas, criar um bebê é um esforço importante e demorado para si mesmo, e ser pai ou mãe obriga a mudar as prioridades e a vocação de uma pessoa para a vida familiar.

Para Lee, tornar-se mãe teve o efeito oposto, desencadeando um novo nível de inspiração musical e abrindo caminho para o novo e único álbum do Evanescence, "Synthesis", e uma turnê ambiciosa para apoiar o álbum.

"Eu sempre quis ser mãe", disse Lee durante uma recente entrevista por telefone. "E é algo que eu honestamente penso ser, a coisa mais linda que eu já experimentei. Isso abriu meu coração de uma forma que eu não esperava. Assim como grande parte da minha atenção, tanto do meu foco (que a maternidade ocupa), ele realmente me inspirou. Eu sinto mais sentimentos. Eu penso diferente. Há uma nova perspectiva para tudo na vida desde o Jack. E eu não estava preparada para isso. Você não pode se preparar para isso. Então isso realmente me fez querer voltar ao trabalho. Eu estava gravando quando estava grávida. Eu lancei "Aftermath" depois que Jack nasceu. E depois fui fazer um disco infantil.

Aftermath foi o álbum da trilha sonora do filme de Mark Jackson, War Story. Lee foi contratada para contribuir com a trilha sonora do filme juntente com seu amigo, Dave Eggar, que havia sido recrutado para o projeto por Jackson.
"War Story" cumpriu uma ambição de longa data para Lee: compor para o cinema. Foi o primeiro de vários projetos que ela realizou depois de colocar o Evanescence em hiato no final de 2012, após o ciclo de turnê para promover seu terceiro álbum, um lançamento de 2011 auto-intitulado.

Ela poderia ter começado a compor mais cedo se o Evanescence não tivesse aparecido primeiro.

“Eu estava na escola estudando composição e meu principal plano era realmente estudar música de verdade e me tornar compositora, ser como David Campbell, fazer música para filme”, Lee disse: “É o que eu sempre quis fazer. E então a banda (Evanescence) assinou e decolou e eu acabei fazendo isso em tempo integral, o que foi maravilhoso. Eu sinto que estou chegando a um ponto em minha carreira onde estou realmente vivendo os dois sonhos: é fantástico!
Eu sinto que posso ser mais dinâmica e estar sempre aprendendo. Isso é o que me emociona a sempre ser desafiada a fazer mais. ”


O Evanescence acabou fazendo muito mais do que apenas conseguir um contrato de gravação. Formado pela cantora e pianista Amy Lee e o guitarrista Ben Moody em Little Rock, Arkansas em 1995, o grupo viu a vida mudar radicalmente quando seu álbum de estreia em 2003, "Fallen", decolou com as canções "Bring Me to Life" e "My Immortal". 
O álbum acabou vendendo 17 milhões de cópias e ganhou o Grammy Awards em 2004 para Melhor Performance de Hard Rock (por “Bring Me to Life”) e Artista Revelação.
Desde a saída de Moody, em 2003, houve tropeços na estrada para o Evanescence e mudanças adicionais de intetrantes fizeram com que Amy trouxesse três novos músicos - o baixista Tim McCord, o baterista Will Hunt e o guitarrista Troy McLawhorn - antes do início da turnê do popular álbum de 2006, “The Open Door”, completando a formação. (A formação atual também inclui a guitarrista Jen Majura.)

Essa formação fez o mais recente álbum de estúdio do Evanescence, um álbum auto-intitulado de 2011, mas não sem algumas dificuldades. Ao longo do caminho, a banda mudou de produtor e deu um tempo na gravação para ajudar a recuperar seu ritmo criativo.
Depois de encerrar as turnês do álbum “Evanescence”, a banda entrou em um hiato aberto, o que levou a especulações sobre se o Evanescence continuaria sendo uma banda.

Acontece, no entanto, que o tempo longe do Evanescence deu a Lee uma chance de não só começar sua família com o marido Josh Hartzler, mas esticar suas asas artisticamente e eventualmente confirmar para si mesma que o Evanescence é uma fundação vital em sua vida musical.
Claro, havia o trabalho da trilha sonora de Lee, não apenas em “War Stories”, mas também no curta “Indigo Grey: The Passage”, bem como na música “Speak To Me”, que serviu como tema final do título o filme "Voice from the Stone".

Lee também viu um projeto familiar casual se transformar em um álbum infantil, "Dream Too Much", que foi lançado pela Amazon em 2015. O projeto deu a Lee a oportunidade de cantar com seu pai, um músico e DJ de rádio de longa data.

"É lindo ouvir meu pai cantar daquele jeito", disse Lee. "Como eu nunca vou perder isso. Teremos isso para sempre e eu percebo o quanto isso é precioso.

Junto com esses projetos, Lee redescobriu sua paixão pelo Evanescence. ("Eu, naturalmente, volto para o Evanescence porque realmente é quem eu sou. É realmente profundo dentro de mim", disse Lee.) O grupo voltou aos olhos do público com alguns shows em 2015, seguido por uma turnê pelos EUA em 2016.

Tradução: Deusas do Rock

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