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Está finalmente acontecendo, após anos de espera, Amy Lee está oficialmente começando a compor músicas para o novo álbum do Evanescence…
Já se passou muitooooooo, muito tempo. Meia década depois do último lançamento do Evanescence – o autointitulado de 2011 – o mundo ainda está pacientemente esperando pelo retorno da banda de rock de Amy Lee. Nesse tempo, Amy esteve ocupada, ela teve seu primeiro filho, fez a trilha sonora do filme War Story, deu as boas vindas a um novo membro da banda – a guitarrista Jen Majura – e, mais recentemente, gravou um álbum infantil, Dream Too Much em 2016. Mas em relação aos planos para o Evanescence…
E isso não é porque não estivemos perguntando. Nós perguntamos a ela em 2014: “Eu tenho um monte de ideais, mas não tenho um plano”, respondeu ela. “Evanescence é uma grande parte de quem sou e sinto que posso voltar a ele quando eu quiser”. Da mesma forma, em agosto do ano passado, quando o Evanescence ansiava para fazer seus primeiros shows em três anos, Amy simplesmente disse que o principal objetivo era ir com calma e “só tentar tocar juntos!” A espera, no entanto, deve estar finalmente chegando ao fim.
O Evanescence acabou de terminar sua pequena turnê norte-americana no mês passado, o que os viu tocar algumas músicas raras e contou com a estreia da música nunca ouvida Take Cover. Eles também estão prestes a lançar o fantástico Evanescence: The Ultimate Collection, um box de vinil com 6 LPs que conta com todos os álbuns de estúdio, o exclusivo álbum demo Origin, bem como b-sides e raridades.
E, ainda mais animador, isso não é tudo.
Conversamos com Amy Lee para descobrir por que o próximo capítulo do Evanescence está oficialmente em curso…

Oi, Amy! Como você vai?
Vou bem! Temos estado em turnê, o que é uma coisa linda. Como sempre, foi tão curta! Passamos um mês juntos e tivemos a chance de pegar o jeito e ficar à vontade com o nosso repertório e nos divertir com ele. Gostamos bastante. A banda está em um momento saudável e animador.

Você tem dado muitas respostas sobre o futuro do Evanescence nos últimos anos. Agora, finalmente, o Evanescence está na ativa?
Está sim! Estamos sentindo aquele sentimento de novo capítulo no momento! As engrenagens estão girando, temos ideias, temos alguns planos – mas eu odeio dizer, ‘É isso que vamos fazer e quando vai acontecer! ’, pois eu preciso que estejamos livres quando o processo criativo estiver rolando. Estamos nos sentindo muito bem, eu honestamente sinto que tudo é possível com essa banda e essa formação. Estamos sendo corajosos, e o que é sempre importante sobre criar o próximo projeto é que você leve tempo para experimentar as coisas e depois achar o lugar em que você realmente descobre o âmago da inspiração para o próximo álbum. Estamos em um momento criativo, mas não vou dizer quando vai ser lançado. Tem dois planos diferentes de lançamento, na verdade – não vai ser tão simples quanto ‘estamos fazendo um álbum’. Temos duas ideias ao mesmo tempo agora (risos)! Isso é tudo que posso dizer.

Nãooo, tudo bem. E a nova música que vocês têm tocado na turnê – Take Cover – que é uma música velha nunca lançada. O quão velha ela é e por que vocês decidiram tocá-la?
Bom, quando estávamos nos preparando para essa turnê, nos perguntamos, ‘O que devemos fazer com essa setlist?’ Eu esqueci quem disse isso primeiro, mas alguém disse, ‘Você sabe que o que os fãs mais querem é uma música nova!’ Aí pensei, ‘O que vocês acham de Take Cover?’ Ela é uma daquelas músicas que totalmente poderiam ter entrado no último álbum, mas havia tantas músicas boas e ela acabou não entrando – ela estava bem no topo da pilha. Então tentamos tocá-la e foi um dos melhores momentos de cada show, porque ela tem uma grande atitude. E eu acho que isso é legal, é uma boa maneira de experimentar sua gama de músicas, ver como os fãs reagem, ver como é.

Já que a música nunca foi lançada oficialmente, você ainda está trabalhando nela?
Há uma verdadeira beleza nisso, pois existe uma maneira que as músicas se desenvolvem quando elas são tocadas ao vivo muitas vezes. Você começa a experimentar algo diferente cada show – seja a parte de guitarra, o jeito que você canta – e permite que a música cresça, não está terminada. Ainda não a gravamos e ainda temos tempo para tomar essa decisão e realmente viver na música. É algo que eu sempre fui contra – eu nunca quis tocar uma música que não lançamos uma versão de estúdio antes de tocá-la ao vivo, uma que vou ouvir uma versão ruim no YouTube. Mas acho que estou em uma nova fase, estamos em uma fase como banda, em que me sinto tão segura com meu grupo e na fase em que estamos. Sinto que, como equipe, estamos tocando bem e não tenho medo. Sinto que poderíamos lançar qualquer música e tentar tocá-la ao vivo! Estou tão aliviada em estar em um incrível grupo de músicos onde podemos nos divertir dando o nosso melhor, trabalhando juntos e fazendo algo que é bom.

Olhando de fora, parece que a Jen se encaixa perfeitamente na banda…
Nós amamos a Jen. Ela é a nossa irmã e ela definitivamente traz uma vibe nova e positiva para a banda – uma nova confiança. Por mais que as pessoas gostem de falar como o Evanescence mudou de membros o tempo todo, o Will e o Troy têm estado na banda desde 2006. É tantoooo tempo que nós quatro estivemos firmes. E essa nova mudança foi a última parte do quebra-cabeça se encaixando. Sinto que somos a melhor banda que já fomos, então estou muito animada com o futuro do Evanescence. Não quero parecer que estou me gabando – é gratidão a minha incrível banda.

Então, no que diz respeito a material novo – você já começou a compor novo material para o próximo álbum?
Estamos inspirados para compor. A longo do curso de nossa história, a maneira que o Evanescence cria música é que algumas músicas começam com a banda fazendo jamming e outras eu sozinha no meu estúdio trabalhando nas ideias no meu teclado. Esses momentos solitários já estão acontecendo, mas não deixamos de lado essa coisa da banda junta para criar músicas. A primeira música que saiu disso foi Take Cover.

Você também vai lançar um box set do Evanescence neste mês. O que você aprendeu ao olhar para trás na sua carreira em geral?
Sabe, me deixou muito feliz. Não foi algo que fui forçada a fazer. Desde sempre, houve muitas sugestões e pressão para relançar as coisas ou remasterizar isso ou o aniversário de 10 anos daquilo, mas sinto que se você não levar esses momentos a sério e fizer algo do jeito certo para tornar especial e novo, então você está simplesmente tirando vantagem de sua fã-base e pedindo para que eles comprem algo duas vezes. Não fizemos muito disso, esse foi o motivo. Essa foi uma ideia especial que eu pensei, quando olhei para ela como fã, ‘eu quero isso’ – com certeza você vai querer ter um. Não é tipo, ‘Aqui está todos os álbuns compilados – uhul!’ Há um álbum antes do Fallen, o Origin, que eu não quero chamar de álbum – é tipo nossa música demo que nos ajudou a ter um contrato com uma gravadora. Tentei escondê-lo desde o Fallen porque foi o nosso começo como adolescentes tentando descobrir quem éramos, como compor músicas e como deveria ser o som da nossa banda.

Então, você de fato conseguiu aceitar ouvir o Origin?
Com certeza! Bom, naturalmente, a primeira coisa que vem à mente é, ‘ECA! Eu faria aquilo diferente! ’ Mas finalmente estou longe o bastante daquilo para que eu possa apreciá-lo e dizer, ‘Nada disso vai mudar, simplesmente aprecie ler seu diário da 8ª série! ’ Porque é o que ele é! Tipo, ‘Meu Deus, isso é tão vergonhoso!’, mas mesmo tempo tão fofo. Posso ouvir a verdadeira eu lá tentando resolver as coisas. Você ouve esses belos momentos quando eu começava a compor Whisper, Imaginary e My Immortal. Todas essas coisas estavam acontecendo naquela época, então é muito legal em um viés histórico agora que já lançamos música de alta qualidade desde então. Não que alguém vá ouvir o Origin e achar que somos daquele jeito. Já superamos isso. Eu posso finalmente apreciá-lo!

Do Origin ao Fallen houve um grande salto…
Sim, e há partes do Fallen que posso ouvir e pensar como eu faria de forma diferente agora também. Mas é uma coisa bonita. É legal, como sentir um cheiro que você sentiu quando criança – na hora te transporta pra aquele momento. Ouvir músicas que eu não ouvia há muitos anos me levou ao momento em que eu pensava como, um dia, a gente ia conseguir, porque a gente estava em um momento legal, e tudo que eu queria acreditar em todo o mundo era nesse sonho e lutar com unhas e dentes por isso. E depois aconteceu! Então, ser capaz de ouvir aquele choro distante e depois saltar para a próxima coisa e ouvir o Fallen, e tudo que ele significou para nós, depois o The Open Door que foi quando começamos a explorar e foi mais da minha coragem, coração, influência de coral e estranheza, para o álbum autointitulado que nos mostrou como uma banda ao vivo e como começamos a aprender a ser uma banda ao vivo e trazer essa nova atitude. Deixa-me muito feliz ser capaz de ouvir essa progressão – estou muito feliz com nossa evolução como banda.

É uma coisa apropriada a se fazer antes de gravar um novo álbum…
É! Foi a coisa perfeita a se fazer antes da nossa turnê, me inspirou para trazer as músicas mais velhas para o repertório, tocar uma música nova e trazer a perspectiva que estava na minha banda do que o Evanescence é no palco. E agora posso levar isso para o próximo passo.

Para terminar, vamos vê-la no Reino Unido em breve?
Espero que sim!

Vamos…
Ah, ok. Tudo bem. Paguem-me!




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