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Taís Araújo, Pitty, Mônica Martelli e Astrid Fontenelle debateram a cobrança diferenciada de entrada para mulheres nas baladas no "Saia Justa" desta quarta-feira (12). Elas veem a questão como machismo, já que, pagando mais barato ou entrando de graça, a mulher acaba usada pelos estabelecimentos como "isca" para atrair os homens.

"Se a mulher pode beber de graça na balada, aumenta a vulnerabilidade dela. Ela bebe e fica vulnerável. Se não for um machismo claro, não sei o que é", disse Taís. "Para a minha geração, sempre foi natural as casas noturnas cobrarem menos para as mulheres. Sempre paguei meia e nunca questionei, era uma coisa normal, é importante falar sobre esse machismo entranhado", refletiu Mônica.

"Até para a gente que debate muito o feminismo, é importante também para entendermos o que é cavalheirismo, gentileza e machismo. A gente precisa reconstruir os conceitos com que fomos criadas", continua Taís. "Sou de uma geração que admira os homens que abrem a porta, puxa a cadeira. Mas só é cavalheirismo se é feito com outras pessoas. Se [o homem] faz só para você, você é objeto de desejo dele", completa a atriz de "Os Homens São de Marte e é Pra Lá Que Eu Vou".

"Não quero que um homem pague minha conta, quero um salário igual para que eu possa pagar meu jantar, minhas baladas. Não tem como discutir sem falar da igualdade salarial", disparou Pitty. Astrid lembrou que nem todas as mulheres se sentem ofendidas por pagar menos nas casas noturnas ou virar o centro das atenções. "Muita menina gosta de fazer papel de isca", disse a apresentadora, acalorando a discussão.

"A gente não pode esquecer que algumas mulheres querem ser desejadas. A mulher cresce ouvindo que precisa de marido rico e acaba entrando nessa onda perniciosa", afirmou a roqueira baiana. Martelli concorda: "A mulher é muito incentivada desde pequena a ser objeto de desejo, até com as roupinhas pequenininhas".

Fonte:tvefamosos.uol.com.br

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