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O guitarrista, Mark Jansen, conversou exclusivamente com o Gazeta do Oeste – via Skype –, e falou tudo sobre o lançamento do último álbum, ‘The Quantum Enigma’, futuros lançamentos, e ainda deu uma notícia exclusiva para o Gazeta sobre o Brasil.

Pedro Gianelli: Há muito tempo, não vemos um álbum do Epica com o mesmo estilo do antecessor. Algumas vezes temos álbuns de Thrash Metal, outras de Metal Sinfônico. Por que não conseguimos colocar o Epica em um só gênero?

Mark Jansen: Sei que é preciso encaixar em um só gênero, mas isso ocorre porque colocamos tudo que gostamos de ouvir. Desde adolescentes escutamos um pouco de Death Metal, um pouco de Black Metal, escutamos Hard Rock, escutamos diversos estilos de metal. Muitas vezes colocamos algo sinfônico, e isso é o Epica. Mesmo se colocarmos algo Thrash, vai ter algo sinfônico, e vai soar como Epica. Essa que a nossa grande fantasia, temos a liberdade de tocar o que gostamos e usar tantos estilos diferentes.

P.G.: Um exemplo disso é o álbum ‘The Quantum Enigma’, não conseguimos dizer se é algo do Gothic Metal ou Metal Sinfônico, apenas que é um álbum maravilhoso! Talvez o Epica esteja em seu auge, com músicas pesadas, mas com um certo balanço, concorda comigo?

M.J.: Sim, também não sei descrever que tipo de música é exatamente. Quando o Epica começou, acho que éramos nomeados como Gothic Metal, mesmo com influências diferentes. Acho que o novo álbum é mais pesado, acho que você não pode chamar isso de Gothic Metal mais, mas você pode chamar de Metal Sinfônico, ou Death Metal com muitas influências sinfônicas. É difícil para mim assim como para você, descrever um estilo de uma música. É difícil colocar a música em uma só direção e seguir em frente. É uma fantasia. Talvez seja o jeito mais fácil de descrever o Epica (risos).

P.G.: Vocês lançaram ‘The Quantum Enigma’ este ano, mas vocês já estão compondo, pensando em um novo álbum, ou ainda é muito cedo para isso?/

M.J.: O engraçado é que, por causa dessa turnê cancelada, começamos a escrever nosso novo material. Então as coisas têm um lado bom, e outro ruim. Temos um mês de tempo livre, sem turnês, apenas tempo livre, então esta é a hora de começar a escrever com calma um novo disco. Estou tendo muita inspiração estes dias, e tendo algumas boas surpresas com este novo material. Então acho que ele sairá em 2016, o tempo voa (risos).




P.G.: Para os últimos álbuns, vocês mudaram o jeito de compor?

M.J.: Sim, especialmente nos dois últimos álbuns. Acho que a razão para isso é que... quando Isaac juntou-se à banda, mudamos um pouco. E logo depois Rob Van der Loo. Muita coisa mudou. Agora temos um belo time de compositores, e escrevemos juntos as canções de cada um, é uma coisa que não fazíamos muito no passado. Antes escrevíamos sozinhos, e não mudávamos muita coisa antes de entrar no estúdio. Agora, nas novas músicas, sentamos e começamos a trabalhar nas músicas de cada um intensamente, muitas ideias surgem, e todas são levadas a sério, então quem teve a ideia não importa, testamos cada uma, e a melhor fica no final. Essa intensidade no trabalho fez toda a diferença nas músicas, acho que a qualidade está cada vez mais alta. Acho que essa é a diferença entre o passado e agora, demorávamos mais e trabalhávamos com mais pessoas de fora da banda. Eu realmente amo este novo jeito de trabalhar, mas para funcionar, você tem que estar com a mente aberta, porque muitas das vezes a sua própria canção vai mudar. É difícil quando você é jovem, às vezes você não vai concordar com isso, mas quando você fica mais velho, você começa a enxergar as vantagens (risos).

P.G.: Sobre turnês, vocês tocaram na Colômbia em setembro. Alguns fãs brasileiros estão perguntando: “por que não o Brasil?” Então, por que não o Brasil (risos)?

M.J.: Isso é fácil de explicar (risos), primeiramente, gostaria de anunciar que vamos tocar no Brasil em março do ano que vem, é 99,99% de certeza. Então essa é a razão de não tocar no Brasil junto com a Colômbia. Simone tem um filho pequeno, e ela não pode sair em turnês extensas, então tivemos que cortar uma parte da turnê Sul-Americana, e fazermos em duas partes. Primeiro, fomos na Colômbia, e na segunda metade, Brasil, Argentina, Chile, Peru e Paraguai. Estou muito animado para isso, como eu disse, é 99,99% de certeza, em breve será anunciado oficialmente.

P.G.: E você já sabe quais são as cidades brasileiras que estarão na turnê?

M.J.: Sim, serão: São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte.

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