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Nova entrevista de Taylor Momsen para o site Rock Off:

Taylor Momsen, a filha selvagem mais inteligente do rock

Taylor Momsen pode citar seus heróis do rock and roll em grande velocidade. A coleção de discos de seu pai introduziu nela um amor por por guitarras barulhentas e baterias estrondosas desde sua infância, diz a ex atriz de Gossip Girl de 21 anos, que em seguida recita os grandes nomes como sua banda The Pretty Reckless atacando uma das músicas do seu segundo álbum, Going To Hell.
“Desde o dia que eu nasci, era Beatles, Led Zeppelin, The Who, Pink Floyd, AC/DC,” ela diz em um curto espaço de tempo. “Depois de passar por cada faixa você não consegue voltar. Sempre foi parte de quem eu sou, eu acho. Quando fiquei mais velha me interessei muito nas coisas dos anos 90, Nirvana, Soundgarden, Pearl Jam, Alice In Chains.” “Going To Hell, o acompanhamento da estreia da banda de 2010 “Light Me Up, joga todas essas bandas e mais algumas em um liquidificador e então volta com muita atitude “couro e tatuagem”, ajudando a se tornar indiscutivelmente o álbum de rock mais bem sucedido de 2014. O hit “Heaven Knows” já conquistou os charts Rock (14 semanas no topo) e Alternativo e anda invadindo os Top 40 ultimamente. 
Além disso, semana passada a banda se tornou a primeira banda liderada por uma mulher desde Pretenders de Chrissie Hynde a ter consecutivas músicas n° 1 na rádio quando “Messed Up World” chegou ao topo. E pensar que a primeira vez que Taylor Momsen escutou “Heaven Knows” no carro ela achou que alguém tinha colocado o CD para tocar.
“Então nós nos demos conta de que era na rádio,” Momsen jura. “Tocou Pink Floyd antes, o que foi muito legal, e AC/DC tocou logo depois. Mas no meio da música nós viramos um para o outro e dissemos, ‘Isso não é a porra de um hit. Essa música não é parecida com nada na rádio. Não tem como ser um hit.’ E nós estávamos errados.”
Foi aquele tipo de ano para Momsen, que estava ligando antes de um show da The Pretty Reckless na House Of Blues em Myrtle Beach, S.C., alguns dias antes de sua banda quebrar o recorde.

Rocks off: O novo álbum tem um tema bem claro. Você acredita no inferno?
Taylor: Eu acredito na metáfora do inferno. Eu acho que inferno é algo que todos estão vivendo constantemente. Mas religião é… é uma metáfora, e as vezes acho que as pessoas lavam isso muito literalmente. Se eu acho que tenho um buraco  gigante em chamas no chão? Não, mas eu posso estar errada. Eu não sei.
Mas eu não sou uma pessoa religiosa, mais espiritual. Eu cresci católica, então as metáforas religiosas estão apenas na minha vernacular e é isso que sai na minha escrita. Mas novamente, é uma metáfora usada desde os muito, muito antigos blues. “Sold my soul to the devil at the crossroads,” “Highway To Hell.” “É uma anologia muito simples para o bem e o mau que eu acho que todo mundo pode entender, não importa de onde você é.

Rocks off: Você lembra qual foi o primeiro álbum que você comprou com seu próprio dinheiro?
Taylor: Me perguntam muito isso, e eu meio que invento respostas. Meu pai tinha tudo, então eu não precisava comprar álbuns. Eu cresci com vinis, e meu pai fazia mix em fitas cassete para eu escutar no meu quarto. Acho que quando sairam CDs o primeiro que comprei foi Revolver ou pode ter sido Garbage também (The Beatles).

Rocks off: Me conte um pouco mais sobre seus companheiros de banda.
Taylor: Meus melhores amigos. Tenho eles desde, o que, quase oito anos agora? Eu conheci o Ben (Phillips, guitarra) através do nosso produtor Kato (Khandwala), e nós começamos a escrever juntos. Eu conheci todos eles e nós nos entendemos imediatamente. Eu basicamente peguei a banda deles, escrevi um novo álbum e disse, ‘Ei, eu sou sua nova vocalista.’
E aqui vamos nós. Seis anos depois, eles são família. E músicos perversos, a propósito. Não sei se já viu nosso show, mas nós recentemente fomos de tocar em festivais, que são muito curtos, sets de 30 minutos à atração principal com shows de uma hora e meia. Nós realmente tivemos que desenvolver.

Rocks off: Quais foram três das suas apresentações preferidas de 2014 até agora?
Taylor: Isso é difícil pra caralho, cara. Rock am Ring (Alemanha) e Rock Im Park foram incríveis. Isle of Wight foi incrível porque nunca tínhamos tocado lá. Rock on the Range foi muito bom porque foi um grande monstruário para nós e nós fomos muito bons lá. Isso definitivamente  impulsionou a nossa notoriedade na America, então aquele show em particular foi uma explosão.
Mas agora somos a atração principal e eu não vou mentir, estou empolgada pra caralho de estar de volta, na noite, com luzes. Os festivais são incríveis — é muito legal tocar para 90,000 pessoas, mas tocar as 16:00, e cantando “Going To Hell” na luz do dia parece um pouco estranho. Então estamos muito animados de estarmos de volta e com nossos termos.

Rocks off: Qual é o seu dia de folga ideal em turnê?
Taylor: Acho que isso não existe. Você fica sempre trabalhando. A banda está checando o som agora, eu estou falando com você, depois vou correr para a checagem de som. Depois tenho outra entrevista, e então temos um meet and greet e outra performance acústica, depois me arrumar para o show.
Você tem mais ou menos uma hora para passar a maquiagem, e então está no palco. Depois está indo para a próxima cidade, então “dias de folga” são dias de viagem/de imprensa.

Rocks off: Guns N’ Roses  ou Metallica?
Taylor: Isso é impossível, cara. Os dois. Nós tocamos com o Guns N’ Roses e eles eram incríveis. Axl arrasou toda noite. Incrível, show incrível. Ainda não tocamos com o Metallica mas eu vi eles no Big 4 e foi inacreditável. Eu te aviso quando tiver uma relação com o Metallica, que tal?


Tradução por Taylor Momsen Brasil

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