Destaques

Desde seu surgimento, no final dos anos 90, o WITHIN TEMPTATION nunca foi uma banda acomodada, sempre buscando por novas sonoridades, e sem medo de ousar. Se nos primórdios a banda tinha uma sonoridade mais densa, com elementos de doom e symphonic metal, com o passar dos anos diversos outros elementos foram se incorporando, atingindo uma sonoridade bem mais ampla e moderna, que pode não ter agradado a todos, mas sem jamais deixar de lado a qualidade.

E neste sexto trabalho da banda, que acaba de ser lançado no mercado nacional via Hellion Records, a coisa não é diferente, pois o que não falta aqui são músicas de qualidade. E é interessante perceber como a banda atingiu um grau de maturidade louvável nesses vários anos de estrada, encontrando um equilíbrio entre suas raízes musicais, e suas influências modernas e experimentais, criando um sonoridade peculiar e cativante.
Além disso, o trabalho de guitarras do álbum é excelente, cheio de peso e agressividade, e Sharon den Adel está cantando como nunca, em uma de suas melhores performances com a banda. O clima épico e bombástico também se faz presente (ouça, por exemplo, a dramática “Edge of the World”), mas sem exageros, tornando a audição bem agradável e prazerosa.

“Let Us Burn”, faixa de abertura do álbum, mostra bem esse equilíbrio encontrado pela banda entre suas raízes e suas influências mais modernas, com alguns arranjos eletrônicos, e um clima épico atrativo, em especial no belíssimo e marcante refrão. “Dangerous”, que vêm na sequência, é outra mostra do poderio de fogo da banda, com riffs repletos de peso, e linhas vocais marcantes em um fantástico dueto entre Howard Jones (ex-Killswitch Engage) e Sharon.

O disco ainda conta com as participações de Dave Pirner (Soul Asylum), na comercial “Whole World is Watching”, e do rapper XZIBIT, que acabou com “And We Run”, único ponto baixo do disco.

Mas sem dúvida nenhuma, o dueto mais marcante do álbum é o que ocorre em “Paradise (What About Us?), em que Sharon divide os vocais com Tarja Turunen, outra das divas do estilo, em uma faixa belíssima, pesada e emocionante, que tem tudo para se tornar mais um hit da banda.

Vale ainda citar como destaque a pesada “Silver Moonlight”, que traz os vocais guturais do guitarrista Robert Westerholt, e mostra toda a versatilidade dos holandeses.

Sem dúvida um dos melhores (senão o melhor) trabalhos da banda até hoje.


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