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O site MetalExposure.com entrevistou recentemente a cantora Floor Jansen (ex-After Forever ReVamp, Nightwish?). Leia a entrevista traduzida:

Metal Exposure: Como você descreveria seu tempo com o Nightwish?

Floor: Tem sido ótimo, maravilhoso. Quem tem a oportunidade de fazer isso? Estou muito consciente da extraordinária oportunidade que me foi dada, mas ao mesmo tempo isso vem naturalmente. Todos nós temos os mesmos objetivos e a mesma mentalidade de trabalho. Eu não deveria me estender sobre a magnitude de tudo isso porque ficarei um pouco extasiada.

ME: Você provavelmente teve que se adaptar algumas músicas do Nightwish à sua voz. Como fez isso?

Floor: Eu não tive muito tempo pra isso. O que provavelmente é algo bom. Não houve tempo para eu fazer experimentações os vocais. A única coisa que eles me disseram foi: não muito vocal lírico. Esse período da banda acabou. Eu nem canto as músicas antigas com voz lírica. Muitas pessoas acham que minha interpretação das músicas é um misto entre Tarja e Anette, o que eles veem como uma coisa positiva. Mas acho que dei um toque pessoal às músicas ao longo do tempo. Ghost Love Score é a minha favorita ao cantar.

ME: Como os fãs reagem?

Floor:Muito positivamente. No passado, a mudança de vocalistas nessa banda foi acompanhada por muitos comentários. Por alguma razão, os fãs realmente gostam de mim como vocal. Estão felizes com a vibração que trago e a interpretação que dou às músicas. Muitas pessoas querem que eu fique.

ME: Você quer ficar?

Floor: Eu adoraria. Do modo como as coisas estão agora, seria possível. O último show do Nightwish é no dia 11 de agosto e o álbum novo do ReVamp será lançado no dia 23 de agosto. O Nightwish vai fazer uma pausa de alguns meses e o ReVamp estará em turnê. Ninguém sabe o que vai acontecer depois disso. As decisões serão tomadas no ano que vem, enttão é muito animador. O Nightwish tem um período de ensaios agendado para julho/agosto/setembro, então haverá um novo álbum. Só não sei se farei parte disso.

ME: Com o ReVamp vocês deram início a uma campanha de crowdfunding para uma turnê. Você É de se pensar que a Nuclear Blast tem capacidade financeira para uma empreitada dessas.

Floor: Realmente, é o que se pensaria. Mas graças à queda nas vendas de CDs, a gravadora tem muito menos dinheiro para gastar. Há dinheiro, mas ele vai para gravações e videoclipes. Mesmo se a Nuclear Blast fizesse uma proposta de turnê, o dinheiro disso é recuperável para eles. O que basicamente significa que você mesmo paga pela turnê e nunca vê o dinheiro das vendas de discos. Isso não seria um problema, mas também temos contas a pagar. Muitos fãs gostaram de se envolver nesse projeto e entenderam que não há muitos recursos financeiros disponíveis. Se as pessoas parassem de fazer downloads ilegais, o problema estaria resolvido e não haveria a necessidade de um projeto para juntar recursos.
Não sou contra downloads, mas você deve pagar por eles. Produzir um álbum custa dinheiro. Gravação não é algo gratuito. Acho inacreditável não haver um regulamento para isso. Podemos ver a indústria inteira falir lentamente.

ME: O nome do novo álbum do ReVamp é "Wild Card" (Curinga), você pode explicar isso?

Floor: Sempre acho difícil descrever um álbum em uma palavra ou frase. Wild Card significa algo imprevisível. Ele se encaixa no álbum porque você não sabe o que a próxima música traz. Então musicalmente isso é um curinga. Que também é o título de uma das músicas.

Não há um tema para o álbum. Tenho meus desabafos sobre meu problema em três músicas, "The Anatomy of a Nervous Breakdown", cada uma trazendo uma perspectiva diferente. A música Wolf and Dog é sobre outra coisa. O balanceamento entre o meu lado de cantora, a mulher de carreira que sai para 'caçar' (lobo) e o cão, que quer ficar seguro e confortável em casa. Esses dois lados são opostos no meu mundo.

Musicalmente, o álbum é mais pesado. Tem muito mais riffs, mais variações nos vocais e mais brincadeiras com as orquestrações. O CD foi escrito com os outros membros da banda, principalmente o guitarrista Jord otto e o tecladista Ruben Wijga, eu e Joost Van Der Broek como guardião do processo. No primeiro álbum eu também escrevi as músicas, agora eu basicamente escrevi os vocais e as letras. Há alguns músicos convidados. Marcela Bovio (Stream of Passion) e Daniel de Jongh (Textures) cantam comigo no coro. Devin Townsend canta em "Neurasthenia" e Mark Jansen (Epica) faz os grunts em "Misery’s No Crime". Eu mesma fiz os outros grunts.

ME: Você esteve fora de jogo por um tempo por causa de seu burnout e agora está na ativa novamente com o Nightwish e o ReVamp. Podemos concluir que você está melhor?

Floor: Sim, estou. Posso realmente sentir a diferença, comparando com os últimos anos. Também sei o porquê de ter tido o esgotamento nervoso e as coisas que faço com o Nightwish não têm relação nenhuma com isso. Sou uma boa cantora e compositora, me coloque num palco e me sentirei em casa. Mas não me deixe gerenciar ou cuidar das finanças; posso fazê-lo, mas isso dispende muita energia. Foi essa a causa do meu esgotamento.

Agora eu sei onde quero colocar a minha energia. Tiro um fim de semana de folga agora, tento evitar coisas que tragam energia negativa e faço as coisas de um jeito diferente. Nunca mais vou deixar minha saúde em segundo plano. Você não aproveita nada quando tem um esgotamento nervoso. Eu não pude nem cantar durante mais de seis meses.

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