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- Entrevista com Amy Lee: "Não temos o orçamento para fazer um grande vídeo."
Segue aqui a tradução da entrevista dada pela Amy no show da Tenacious D (banda do ator Black Jack), onde ela foi espectadora. Essa foto foi tirada lá.
“TAC: O que a fez viajar para Atlantic City para o show do Tenacious D? Obviamente, a música deles é um pouco diferente da sua!
Amy Lee: Primeiro de tudo, sou um fã antiga da D. Desde o programa de TV, nos anos 90, é bem mais essa coisa cult para todos os músicos que eu já conheci. Mesmo naquela época, eu acho que os músicos amavam a Tenacious D porque o líder é hilário. Jack Black é incrível e KG também, claro. O mais importante, que eu acho que é a razão maior é porque a música é muito boa. Eles são realmente muito talentosos. As piadas estão nas letras, mas fazem ficar impressionante, coisa complicada que você meio que quer aprender! É divertido ouvir como uma piada, mas também é realmente cativante e muito bom. Meu irmão está na cidade e estamos passeando. É seu programa favorito no momento. Será o primeiro show da Tenacious D, tanto para mim quanto para ele, por isso vai ser o ponto alto da nossa viagem, com certeza.
TAC: Você acha que assiste shows de forma diferente sendo uma artista, se comparada a um fã normal?
Amy Lee: Talvez, porque eu sei o que é ser uma artista. Há muita coisa que eu aprecio mesmo nas pequenas coisas. Se a música da Tenacious D fosse ruim, eu não acho que seria engraçada. É legal assistir, porque você está assistindo alguém fazer algo muito, muito bem, mas eles também não estão se levando muito a sério. Acho que isso é meio raro.
TAC: Você esteve aqui há pouco tempo, em agosto, com o Evanescence para uma parada no Carnival Of Madness. Você tem lembranças particulares daqui do House of Blues?
Amy Lee: Foram duas noites seguidas, o que é um pouco estranho, porque você tem que se auto sabotar e dizer a si mesma que você está fazendo show para pessoas diferentes e que eles não viram que você fez exatamente a mesma coisa na noite anterior. Foi uma experiência absolutamente boa. Nós adoramos ir para a House Of Blues e sair para a Foundation Room. Nós tocamos em shows de todos os tamanhos. Às vezes, em uma turnê, você costuma tocar em locais de tamanhos semelhantes, claro, espetáculos de arena são incríveis, mas quando você toca no House Of Blues, é o tamanho perfeito. Você pode ver as pessoas e parece que você está com eles. Às vezes, as pessoas simplesmente se transformam em um mar quando a multidão é muito grande e você se sente meio que sozinha. Eu gosto da intimidade de um club show. Nós tivemos um monte de boas lembranças no House Of Blues por todo o país. Eu acho que quando nós excursionamos pela primeira vez, na turnê de 2003, quando o nosso primeiro álbum saiu, Nova Orleans foi a primeira House of Blues que tocamos. Foi muito legal porque nunca tinha ido a Nova Orleans antes e nós havíamos viajado muito naquele ano. Era tudo novo para mim. Foi tão emocionante caminhar pela Bourbon Street e depois ir tocar no House Of Blues. House Of Blues e Evanescence são amigos há um bom tempo. Eles tem sido uma grande parte da nossa caminhada.
TAC: No Dia dos Namorados, você soltou um vídeo no YouTube de Lost In Paradise feita a partir de uma combinação de vídeos pessoais e de fãs, da turnê do Evanescence que vocês retomaram logo após o Carnival of Madness e esta foi meio que uma lembrança da turnê de vocês para os fãs. Como artista, você compartilha dos mesmos sentimentos que seus fãs quando acaba uma turnê? Meio que triste porque acabou mas sorrindo porque aconteceu esse tipo de coisa?
Amy Lee: Claro. É agridoce. No final de uma turnê, estamos cansados. É sempre mais de um ano. Essa foi de mais ou menos um ano e três meses. É difícil mesmo, quando chegam os últimos dias, você pensa consigo mesmo, “Eu poderia fazer isso por mais um mês. Eu vou sentir falta, de verdade". Terminamos nossa turnê no Reino Unido e foi um grande e belo show em Wembley. Foi um final bonito. Nós rodamos o mundo todo e tocamos em todos esses lugares legais. Amamos demais nossos fãs. Eles nos deram tantas lembranças e me deram o combustível para seguir em frente quando eu não tinha certeza se eu era capaz. É, definitivamente, um relacionamento de mão dupla. Temos apoio das pessoas de uma forma muito legal porque eles estão se conectando com a música em um nível profundo. Nós não nos conhecemos pessoalmente, necessariamente. Podemos nunca nos conhecer, mas existe uma conexão lá, quando estamos no show. Eu tenho tanto os fãs em meu coração, que me tornei amiga de cada um deles ao longo dos anos. Quando eles vem nos visitar, uma lágrima me vem ao olho. Eu amo fazer o que faço e sinto falta dos fãs. Fazer esse vídeo foi muito legal porque eu achava que, mesmo que não o liberássemos, eu queria guardá-lo e documentá-lo para mim, porque eu sempre quis fazer um vídeo para "Lost In Paradise". Não tínhamos o orçamento para fazer um grande vídeo como o Evanescence de antigamente, mas estou realmente feliz que o fizemos. É tão comovente, pessoal e real.
TAC: Vocês deram uma pausa desde que a turnê terminou em novembro. O que tem feito desde então?
Amy Lee: Só megulhando em algum projeto criativo que meu coração deseje no momento. Quando você está na estrada ou promovendo um álbum, o calendário é muito rigoroso. Você tem que seguir o plano. Eu detesto seguir o plano. Essa não é a maneira que estou agora. Se há um plano, eu normalmente quero fazer exatamente o oposto. É legal não ter um plano, porque eu consigo ter ideias criativas, loucas e eu vou lá e faço. Tenho pintado, feito um pouquinho de música para mim, só por brincadeira. Tenho ido a um monte de shows e passado o tempo com a família. Essa é a coisa mais importante e a que você mais sente falta quando está na estrada.
TAC: Que tipo de shows você foi? Algum bom?
Amy Lee: Eu conheci uma banda nova, que estava abrindo para a banda de um amigo meu, The Lone Bellow, da qual sou uma grande fã. Tinha uma banda de abertura chamada Lucius. Eles tem uma dupla feminina nos vocais, então já é um grande começo. Adoro vocalistas e músicos mulheres. Elas dividem igualmente os vocais e tocam vários instrumentos e, claro, há uma banda por trás deles também. É muito interessante e fofa a música deles, bonita. E, claro, elas tinham harmonia, roupas vintage, que eu também curto. The Lone Bellow e Lucius foram as que eu mais gostei de ver, recentemente.
TAC: Você também é atualmente uma defensora e mantenedora da Aid Still Required, uma organização destinada a ajudar as mulheres que sofrem no Haiti. Como você se envolveu com isso?
Amy Lee: Uma das coisas boas em ter pessoas que te seguem é que eles te escutam quando você tem algo importante a dizer. Se há algo que você possa dizer, e que seja tão simples quanto um tweet para espalhar a divulgação e ajudar alguém em algum lugar, eu acho que você deve fazer isso. Isso surgiu porque essa organização estava tentando conseguir algum apoio e reunir um pouco de atenção para essa causa, então eu disse, claro. Não toma muito de mim, e se há alguma chance de que eu possa ajudar alguém, tô dentro.
TAC: Estamos te seguindo no Twitter e você parece tão normal em sua vida no dia a dia.
Amy Lee: Eu não estou twittando muito! Me sinto mal com isso. Quando estamos em turnê, eu tenho bastante coisa a dizer, como a chegada aos shows ou conferir tal foto do show, olhar tal fã. E quando você se desliga, acho que fica muito egocêntrico. Acho que se eu não estivesse numa banda, eu provavelmente não teria um Twitter, para começar. Eu não sou o tipo de pessoa que fica “Olha o meu sanduíche!”. Eu não acho que alguém fosse se importar. Eu não me importo com o que você almoçou. Então, é engraçado agora que eu estou fora, porque eu quero ficar em contato com os fãs, mas eu não acho que eu tenha algo empolgante o suficiente acontecendo para contar.
TAC: Você, definitivamente, parece ter uma vibe diferente daquela de quando está no palco. Quais são as diferenças e semelhanças entre a Amy do palco e a Amy do dia a dia?
Amy Lee: Sou a mesma pessoa mas, definitivamente, não sou uma pessoa sombria e dramática na vida real a maior parte do tempo. Eu tenho esse lado, mas eu ainda sou aquela garota alternativa dos anos 90 que sai procurando o brinquedo antigo Arco-íris Brilhante porque ainda estou tentando completar a minha coleção! Eu amo música. Em primeiro lugar e a mais importante, é a minha grande paixão, mas eu gosto de cozinhar e sair com as pessoas. Eu gosto de tocar e fazer as coisas que unem as pessoas, mas eu adoro estar sozinha e ser criativa e ser introspectiva também.
TAC: Legal! Boa estada aqui e bom show! Você tem planos de sair para se divertir depois?
Amy Lee: Provavelmente irei ao camarim e sairemos com o D, mas eu não tenho certeza do que vai acontecer! Eu, na verdade, não os conheço. É aí que meu lado super tímido aflora.”
Tradução e adaptação: Evanescence Frases