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Em entrevista concedida ao site da Costa Rica “La Nácion“, Amy Lee comenta sobre sua carreira, experiências vividas desde a época do Fallen, e sobre a primeira vinda ao País:


Neste momento de sua carreira, como é para o Evanescence fazer um show em um país como a Costa Rica, onde vocês nunca fizeram um show antes?
Isso significa muito. Esse foi um dos objetivos que propusemos no ano passado. Estivemos em todo o mundo no ano passado, mas ainda tem muitos lugares onde os fãs estão nos pedindo para ir e não conseguimos. Assim que fizemos uma lista de lugares que queríamos ir, a Costa Rica esteve nesta lista por um bom tempo, e eu estou tão feliz que isso finalmente vai acontecer.
Estamos muito animados, pois todas as nossas experiências, até agora, com os fãs sul-americanos têm sido muito positivas, eles são muito apaixonados. Não é que vai acontecer o mesmo na Costa Rica, mas estou animada em saber como será. Essa paixão – que é a palavra que quero usar – é a melhor maneira de acabar com esse ciclo da turnê, que será como uma celebração para nós. Costa Rica é lugar lindo que eu sempre quis visitar, e vamos ter certeza de que vamos conhecer mais o país.
Vocês terão tempo para passear?
Um pouco. Acho que temos só dois dias antes do show, então temos que ver o que fazer, mas queremos fazer alguns passeios.
Vocês têm preparado algo especial para ser tocado pela primeira vez aqui?
Quanto ao repertório, vamos tocar um pouco de tudo. Vamos tocar músicas do novo álbum, mas você também poderá escutar as do The Open Door e Fallen. Tocaremos todos os hits que as pessoas querem ouvir e muitas de nossas músicas favoritas. Então, um pouco de tudo (risos). Espero que gostem.
Seu álbum de estreia (Fallen, de 2003) vendeu mais de 17 milhões de cópias em todo o mundo. Você ficou surpresa com essa recepção?
Você nunca sabe o que esperar e, certamente, eu não esperava nada assim. Eu tinha um sonho e acreditava em nossa música desde o início. Eu amava a música que estava fazendo no Evanescence, então eu esperava não ser a única no mundo que gostava, mas nunca imaginei que seria tanta gente (risos). Tem sido uma grande bênção na minha vida ao saber que toquei as pessoas tão profundamente; pois sei que nossa música é profunda, ela não fala de dançar e esquecer os problemas, ela fala da arte humana. As pessoas precisam se expressar, e a música é como me expresso e as pessoas também têm sido capazes de usar a nossa música para se expressar. Isso é algo muito poderoso.
Essa profundidade que você falou faz com que as pessoas se identifiquem com suas letras, como você lidou com a fama repentina tão jovem, com 20 ou 21 anos?
Sim, foi difícil. Foi realmente muito difícil para mim no começo. Eu me sentia um pouco superexposta. Amo o que faço e quero continuar fazendo isso e fazer shows, mas é difícil às vezes quando você sente que nunca descansa.
No começo, as coisas eram boas e ficamos bem famosos por um tempo e tivemos muitos fãs que se conectavam de uma forma muito profunda. É muito estranho quando as pessoas falam que amam você, não apenas te conhecem, mas te amam, embora eu nunca tenha as visto antes. Assim que você conhece alguém pela primeira vez, é estranho quando você tem esse sentimento forte.
É algo que já estou acostumada, e consegui criar uma relação mais confortável com os fãs, porque sinto algo bom na música que faz com que as pessoas se sintam menos sozinhas e que tem como liberar as suas dores ou apenas poder falar de seus sentimentos e ver que alguém sentiu o mesmo.
Eu amo os fãs, mas ser famosa é difícil, pois tudo acontece muito rápido. Eu só tinha 21 anos e ainda estava me conhecendo, então acho que eu tinha que crescer um pouco perante o público (risos). Mas acho que me saí bem.
De todos os seus sucessos, um dos favoritos dos fãs é “My Immortal”, quão especial essa música é para você?
Para mim, mais do que tudo, é uma recordação. Me lembro da época do primeiro álbum e todas essas músicas têm tantas recordações ligadas, como tendo estado no The Tonight Show pela primeira vez ou quando saí do país pela primeira vez; quando fomos a Romênia para gravar o clipe de “Bring Me to Life”, foi uma experiência surreal, por isso tenho boas lembranças da primeira vez que tive com a equipe do Evanescence. “My Immortal” tem essa atmosfera nostálgica que nos faz lembrar de onde viemos, e muitos fãs também se sentem assim, porque eles se lembram da primeira vez que ouviram o nosso som.
É verdade que vocês farão uma pausa depois dessa turnê?
Ah, é verdade. Depois de dois anos e meio de turnê, sempre preciso de uma pausa (risos).
Você acha que vai tirar umas férias por cinco anos?
Não sei. É como eu disse, eu amo os fãs, e estou orgulhosa da música que fazemos, mas não me apresso para estar na fama de novo e pensar no que fazer depois. Isso não me interessa; quando eu tiver uma grande ideia, uma música ou uma obra de arte que eu quiser compartilhar com todo mundo, eu vou compartilhar. Não gosto de ficar me programando quando não tenho ideias. 

Tradução: Ev Heart 

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